Entre pernas e pés sobre uma
calçada enlameada no centro de uma cidade pode-se encontrar seres tão pequenos,
inquietos, jogados ao canto das sarjetas pedindo por pão.
Fora
de cultura, fora de notícia, longe do saber e ainda mais distante de um prato
de comida feita na hora.
Lixos
e lixos pesados de restos do que não se pode aproveitar por um abastado
qualquer.
Políticas
governamentais chegam até esses? Governantes abaixam seus olhos no alto de seus
saltos altos? Será que são tão minúsculos para serem percebidos a olho nu?
Onde
estão as oportunidades? Onde estão os oportunistas?
Dificilmente
se compreende a realidade pobre de um ser assim. Para alguns um reles vagabundo,
para outros um pobre coitado.
Falar
é fácil, muito fácil, fazer é que se torna difícil.
Esmola,
não é solução!
Um
pastel seco de uma portinha numa viela uma vez ao mês é uma ajuda, mas não é a
salvação para uma alma assim já tão fatigada. Talvez o único trabalho digno
mais próximo seja a venda de doces no sinal, foi a oportunidade dada a esse
CIDADÃO.
Você
não é todo mundo...
Logo,
pare de sentir dó, pare de ficar sentado atrás de uma televisão lamentado pelos
pobres e ajude... Um sorriso, ao invés de um olhar discriminador, já é um
começo.
Texto escrito por Higor Matos
Nenhum comentário:
Postar um comentário